Considerando a produção total no Brasil, de 61 milhões de metros cúbicos/dia, a oferta subirá em torno de 40%. A maior disponibilidade de gás, no entanto, chega acompanhada da discussão sobre o que será feito dele.
Atualmente, além da produção local, o Brasil importa da Bolívia 30 milhões de metros cúbicos por dia, por meio de um contrato que vigora até 2019. Em momentos de pico de consumo, a demanda interna fica em, no máximo, 86 milhões de metros cúbicos por dia.
Com a produção da Bacia de Santos — o que inclui os campos de Merluza, Lagosta, Uruguá-Tambaú e, no futuro, o pré-sal de Lula (antiga área de Tupi) e Cernambi ( ex-Iracema )—, a oferta vai saltar para 60 milhões de metros cúbicos diários em 2017 e para 100 milhões em 2020. “Precisamos desenvolver o mercado logo porque o gás está vindo aí”, diz o gerente de exploração e produção da unidade de negócios da Bacia de Santos, Marcio Naumann. “O potencial maior está aqui [Santos] e precisamos buscar mercado porque uma parte desse gás [fora o Campo de Mexilhão] está associado ao óleo e precisa de um destino nobre”, diz o gerente, referindo-se a uma parte do gás, que será extraída juntamente com o petróleo.
Barreira do preço
Em São Paulo, 67% do gás distribuído pela Comgás vem da Bolívia, seguindo o acordo em vigor até 2019. Mas o vice-presidente da empresa, Sergio Luiz da Silva, questiona a diferença de preços. “Se tirássemos a parcela fixa, a redução seria de 32%”, estima. Mesmo a parcela flutuante da tarifa é alvo de discussão. “Será que precisamos dessa indexação? Já que o gás associado ao óleo é um problema, o preço deveria mudar. Quando o refrigerante está estragando, o supermercado faz promoção”, exemplifica.
Fonte: Brasil Econômico
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